Bombeiros civis atuam no Verão Sergipe e Carnaval 2025 realizando resgates, primeiros socorros e prevenção de incêndios. Logo, as precariedades a seguir não tem haver com o Verão Sergipe, aliás, este ainda tem um tom de humanidade e respeito com esses profissionais.
As equipes trabalham na área de prevenção e atua em emergências além do resgate de pessoas em eventos fechados e abertos públicos e privados, são eles que dão todo o sangue dentro dos eventos que são contratados. Realizar os primeiros socorros, intervir em situações que coloquem em risco a integridade do público também é papel importante na função dos profissionais.
Esse profissional só falta um pouco de valorização e de uma estrutura melhor de trabalho no âmbito do Estado de Sergipe, pois muitas das vezes são abrigados em locais insalubres com até riscos ocupacionais que afetam a saúde dos trabalhadores.
Os bombeiros civis estão em alerta constante para intervir em situações que coloquem em risco a integridade do público. Além dos eventos, eles também atuam em casas de shows, shopping, indústria, comércio, arrastões, cavalgadas, eventos religiosos e outros locais de grande concentração de público.
Os contratantes pensam em economizar o que reduz a quantidade de profissionais em uma planta e prejudica os trabalhos.
Nem sempre a área calculada, a estimativa de público tem sucesso. Existe outro fator importante a se observar nos projetos de engenharias que são as atrações o que demanda uma quantidade maior de profissionais naquela edificação temporária.
“Se elaboro um projeto de três dias estimando um público de 10.000 pessoas por noite, então esse calculo vai extrapolar se a atração tiver um grande numero de fãs. Deve o calculo ser também sempre pensando nas atrações artísticas”. Comentou o projetista que tem experiência em projetos contra incêndio Lucas Ribeiro.
FALTA DIÁLOGO
“Muitas das vezes percebemos certa vaidade das forças de segurança com os profissionais bombeiros civis e isso já é notado quando eles não são chamados para as reuniões públicas e que deveriam está para discutir algumas demandas juntos e por isso muitas das vezes o planejamento não sai com qualidade na prática tendo erros devido a falta de dialogo”. Comentou Washington Reis.
Washington também revela que no interior sergipano a falta de estrutura em eventos para abrigar esses profissionais para atender as vitima são precárias e ainda estão longe da realidade trabalhista.
“É desumano o que os realizadores de eventos públicos fazem com os profissionais e com as pessoas que são atendidas nesses pontos de apoio dentro dos eventos temporários. Eu já vi banheiro químico com a porta virada para dentro da base a onde os profissionais costumam fazerem suas refeições e atenderem as vitimas que eles resgataram e prestam os primeiros socorros, não tem lixeiras para descarte dos material de curativos, não tem maca para atender as pessoas com dignidade, cadeiras, mesas, não tem banheiros químicos separados do publico para os profissionais e muitas das vezes não tem nem se quer uma ambulância e quando tem sai antes de terminar a festa ou fica fora do nosso alcance para encaminhar pessoas que são atendidas no evento para o pronto socorro. Está tudo errado e isso tem que acabar antes que o pior aconteça. Faz festa quem pode e isso vale para os empresários promotores de eventos que já viciaram em pagar barato e reduzir a quantidade, isso já é combinado com os próprios elaboradores de projetos. Isso vai ter um fim porque vamos informar ao Ministério Público e ao Ministério do Trabalho esses perrengues que os profissionais passam nesses eventos e essas práticas dos promotores de eventos”. Destacou Washington.
Os bombeiros civis estão garantidos na legislação federal nº 11.901 de 12 de janeiro de 2009, legilação estadual 8.415 e a NBR 14.608 em muitos espaços a presença deles são obrigatórias.