O elenco do Sergipe não apareceu para treinar no último sábado e domingo em protesto contra o atraso no pagamento dos salários. A folha referente ao mês de julho, que deveria ter sido quitada no dia 10, chegou a ser prometida para a última sexta-feira, mas até então não havia sido depositada.
Na manhã desta segunda-feira, os atletas decidiram suspender a paralisação e voltaram às atividades no Estádio João Hora.
O clube tenta levantar cerca de R$ 250 mil para quitar os vencimentos até a próxima sexta. Em entrevista à Rádio Aperipê, o vice-presidente de futebol, Márcio Ouro, admitiu a falha administrativa e explicou o problema no caixa:
— Algumas receitas foram antecipadas, o que gerou congestionamento no fluxo financeiro de julho. Isso acabou travando o pagamento. Agora nossa obrigação é correr atrás para colocar tudo em dia, porque salário é prioridade — afirmou.
O dirigente reconheceu que, além do atraso, a falta de transparência aumentou a insatisfação dos jogadores:
— Erramos em não dar pelo menos uma justificativa. Cada atleta tem sua vida, suas contas, e merecia essa explicação.
Apesar do impasse, Márcio Ouro reforçou a confiança no grupo. Classificado para as semifinais da Copa do Governo do Estado, o Sergipe luta pelo título que pode garantir vaga na Série D de 2026, ampliando o calendário do clube além do campeonato estadual.
— Apesar das dificuldades, temos jogadores comprometidos, sérios, pais de família que não vão deixar o clube na mão. Queremos juntos conquistar essa vaga na Série D e dar sequência a um calendário que é fundamental para o Sergipe — completou.
O Gipão volta a campo nesta quarta-feira, na Arena Batistão, contra o Itabaiana, em jogo atrasado da primeira fase da competição.
Fonte: Futebol Sergipano