Iniciativa amplia as ações de proteção às mulheres e tem demonstrado resultados como a prisão deste homem, padrasto da vítima
Por intermédio do Projeto Poly, um homem foi detido em cumprimento a mandado de prisão decorrente da prática de estupro de vulnerável contra a própria enteada adolescente. A vítima estava internada em um hospital, mas teve o caso denunciado, e a Polícia Civil colheu o depoimento e identificou o investigado mesmo à distância, sem a necessidade de comparecimento à delegacia. O Projeto Poly atua para facilitar o acesso, mesmo remotamente, ao registro de ocorrências de crimes contra a mulher em Sergipe. Este é um dos 117 casos já atendidos pelo Projeto Poly em Sergipe.
De acordo com a delegada Clarissa Lobo, a vítima relatou que era abusada pelo próprio padrasto desde que era criança. “Como a vítima não poderia sair do hospital, todo o depoimento foi colhido na própria unidade hospitalar, tudo isso virtualmente sem a vítima precisar ir à delegacia. Fizemos todo o protocolo e encaminhamos à Justiça”, detalhou.
Ainda durante a apuração, foi identificado que o investigado era um dos responsáveis pela vítima no hospital. “Ela se sentia vulnerável, e a polícia, através do Projeto Poly, conseguiu protegê-la. Executamos o mandado de prisão, e o investigado vai seguir respondendo judicialmente pelo crime”, complementou a delegada.
Projeto Poly
O Projeto Poly nasceu de uma necessidade de enfrentamento à violência doméstica e familiar, em conformidade com a Lei nº 14550/2023, que veio facilitar o acesso à medida protetiva. A partir dessa iniciativa, a Delegacia Virtual implementou um novo protocolo em que não há mais a necessidade de comparecimento à delegacia.
Conforme o investigador Marco Antônio, o protocolo engloba policiais mulheres que atendem todas as vítimas de violência por meio virtual. “Esse atendimento ocorre na hora em que é feita a comunicação do caso pela Delegacia Virtual. A equipe está de prontidão 24h para validar o atendimento”, detalhou.
Com as informações, a equipe faz contato com a vítima em um protocolo rigoroso de segurança à mulher. “A vítima será atendida por vídeo chamada e toda a documentação necessária será colhida de forma virtual, possibilitando que a vítima não precise comparecer à delegacia, sendo atendida em local seguro”, complementou Marco Antônio.
Os casos podem ser denunciados tanto pela vítima, quanto por qualquer outra pessoa que tenha informação de que uma mulher esteja sendo vítima de violência. O site é o https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/
Fonte: SSP/SE